Sem totalidade, a minha vontade é multiplicada aos
extremos fortes e incontroláveis. De exatidões, só a minha boca pedindo para
louvar teu corpo que é oceano de sertão. Me habitaria nos teus olhos e desaguaria meu coração em tuas mãos de correnteza, e ao pé do porto veria a
partida da sensatez. Combustível em zona perigosa de fogo e brasa.
Anteontem não era. Ontem foi, para continuar sendo como
sempre: incerto, inquieto, incompleto.
Sensibilidade na ponta dos dedos e chumbo nas veias que
dilatam e arquejam como lobo em êxtase em lua cheia. Arranhar as paredes
enquanto a espera é quem existe.
De ofuscar, desvirtuar, solver – em teu peito em torres
que me levam ao infindo. Teu jeito duro
como testemunha de que sou tua em entradas, partidas, inteiros, meios.
Mergulhar no concreto das tuas sobras, na ponta dos pés
para alcançar tuas montanhas muradas e guardadas. Em sentinelas, escudos e
espinhos. Querer ser quem guia e quem guarda.
Um comentário:
Guiando e guardando
A correnteza de nós!
Nos passos saudosos
De corpos e acalanto;
Desmanchando incômodos!
Seguindo-te;
Flores.
Postar um comentário