Construí um lar e uma vida em dois dias.
Não me recitava palavra, porém me elevava em suas mãos
como se fossemos algo legitimamente eterno.
Me encaixava nos olhos que me roubava cada vez que fugia
para si.
Me imprimia-bordava em si, como se para mim estivéssemos
nos tornando em um só por força estelar.
Facilmente seria subjetivada como uma escultura nascida
por, além de só mãos, espasmos; simetria.
Vês que meu rosto tem outra cor? O que permanece depois
de uma esperança perdida.
Eu te injuriaria meu cárcere se de cá eu não pudesse te
oferecer o meu eu como teu objeto-santuário-inviolado-imaculado.
Agora, atada às minhas coisas, e sentidos, e sentimentos,
e angústias, e restos
Gostaria de ser quem possui o essencial para quebrar a
tua solidão.
Eu queria ser a tua solidão.
Eu queria ser tua.
Do que um dia foi um coração, vejo essas paredes contando
uma história,
Com tua alma hieroglífica.
Por seus lábios de solidão codificada,
Meu coração batendo em sua boca.
Desconfio que essa raiva seja um amor fortalecido entre
os escombros.
Então viverei para enfeitar o canteiro rebocado desse
amor.
Enterrei vivo, mas ao invés de morrer, renasceu – e hoje
vive pra sempre.
Enquanto isso, na plateia, unicamente, saboreando minhas
ações que sempre lhe eram falhas, você nos mata com mais um gole de cerveja.
*jaz:
que resta ou repousa.
habitar, morar, viver.
Um comentário:
Ah, nem me conhece e escreve por mim?!
Te admiro.
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