26 de dezembro de 2010

Descontinuou

Você não imagina o tanto de palavras que estão aqui na ponta dos dedos, cada uma com um significado seu. Quero que saiba que não te culpo de nada. Verdade. Não consigo não gostar de você. É amor desde o começo e amor não é uma coisa que se acaba assim. É amor, mesmo sem ter dado tempo de ser. É amor, mesmo você fazendo de tudo pra não ser.
Diz que sou rara, dedilha canções e usa palavras para fazer rima. Vou te contar que gente assim é difícil de esquecer. É, porque se for analizar, tem um tanto dessa gente em cada esquina do coração, e depois pra recolher dá um nó insistente de não desmanchar.
Saber que talvez você não tenha sido feito pra mim, que não deu tempo de acontecer o nós, que talvez eu sofra outro bocado pra achar alguém como você, que seu coração todo esse tempo nunca deixou de ser dela... Dói.
Recordo como um cantarolar suas palavras me dizendo que queria muito que fosse direfente. E eu também. Você dizendo que queria ter me conhecido antes dela. E eu também.
Compelidamente, ouvi você me falar dela. Não sobre a cor dos cabelos, nem como se chama. Algo mais. Então, naquela noite enquanto todos lá fora cantavam Jingle Bells, aqui dentro silenciou. Às vezes faltam as palavras, e naquela noite foi escorregando, escorregando até que faltou. Não as palavras, mas um sorriso no rosto que você sempre tinha de mim.

Pausa. Pra mim e pra você.

A imagem aqui congelou no sonho que não aconteceu.
Deixei o controle em cima da mesinha, caso queiram nos dar o play novamente. Ou a vida, ou as circustâncias, ou Deus.

Porque se for pra ser meu, você volta.


2 comentários:

Lux disse...

Fins ou pausas sao sempre doloridos.

Lara Oliveira disse...

Que texto lindo! Essas pausas machucam, pausas no amor, na felicidade, na vida. E play na dor, nao é? Espero que tudo se resolva da melhor forma, e que tenha um ótimo 2011. Beijos